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Iniciação Científica

PROJETOS PIBIC DO DLV 2019/2020 – Edital 07/2019

Linguística Aplicada

Projeto: A formação do professor para o ensino da análise linguística: a interação didática

  • Resumo: Este projeto trata do ensino de análise linguística no contexto do estágio de regência. Focalizaremos os impedimentos e as intenções em jogo no agir do estagiário,, mas também consideramos a BNCC como um trabalho prescrito.  O projeto de pesquisa possui três objetivos a alcançar: elencar impedimentos e intenções (LEURQUIN, 2015) observados em sala de aula de estágio docente; identificar e caracterizar os saberes (Vanhulle, 2010, Schneuwly e Hofstetter, 2009) mobilizados pelos professores observados na sala de aula de análise linguística/semiótica; analisar o conteúdo temático (BRONCKART, 1999, 2008) da interação didática (CICUREL, 2010). São importantes as seguintes perguntas: Quais concepções (texto, ensino, aprendizagem, gramática, formação etc) estão norteando o ensino e aprendizagem de língua portuguesa na BNCC? Quais os desdobramentos das orientações teóricas e metodológicas para a sala de aula? Como formar o professor para atuar na realidade de ensino de gramática prescrito na BNCC? Queintenções e impedimentos observam os estagiários na sala de aula? Que saberes constituem o repertório do professor observado? Como eles se caracterizam? No conteúdo temático, como tornar possível um ensino com base na análise linguística/semiótica?
  • Orientadora: Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin 
  • Bolsas: 1 bolsa remunerada (CNPQ) e 1 bolsa voluntária

Projeto: Aprimoramento de software para ensino de Língua Portuguesa

  • Resumo: A pesquisa visa aprimorar um software para o ensino de Língua Portuguesa, cuja produção já se iniciou, a fim de possibilitar uma proposta metodológica, produtiva, significativa, para o ensino de Língua Portuguesa. A ideia defendida é a abordagem de diversos gêneros discursivos, produção e recepção, elaborados sob a demanda de um restaurante garantido pelo ambiente virtual. Pretendemos propor reflexão sobre a construção/produção de sentidos face ao uso de gêneros recorrentes em uma prática social corriqueira, levando o aluno a mobilizar o seu conhecimento linguístico, textual e discursivo sobre língua(s) e, ainda, aperfeiçoar sua habilidade de criação, visto que o aprendiz será desafiado a produzir diversos cenários (formas, cores, espaços, entre outros) para alcançar o objetivo da atividade colocada pelo jogo. Acreditamos que a investigação é relevante para se entender (i) o modo como o sujeito, em processo de formação, seleciona, organiza e materializa elementos linguísticos, textuais e discursivos, durante a leitura e escrita, sob o escopo do ambiente virtual; (ii) o delineamento/configuração de objetos do discurso nas interações verbais; (iii) as relações instauradas entre jogos e o ensino; iv) a importância do trabalho em equipe para o desenvolvimento sócio-cognitivo.
  • Orientadora: Pollyanne Bicalho Ribeiro
  • Bolsas: 1 voluntária e 1 remunerada

Projeto: Contribuições do paradigma das Tradições Discursivas para o ensino de língua portuguesa – primeira etapa

  • Resumo: Os textos orais, manuscritos, impressos e digitais expressam a relação dos indivíduos com a história, a língua, a identidade, os direitos humanos, a cidadania e o espaço ao longo do tempo. Apesar dessa constatação, é escasso o conhecimento
    sobre a historicidade da maioria dos gêneros textuais que circulam na sociedade; sobre a didatização da historicidade dos textos; e sobre as permanências e mudanças na composição dos gêneros em diferentes dimensões: o conteúdo; a organização retórica; os elementos constitutivos e multimodais, os suportes, e os modos de dizer que registram a história da língua e das tradições discursivas no dinamismo das tecnologias e da sociedade. No que concerne ao ensino, é notório que ainda há uma defasagem entre as pesquisas de cunho sócio-histórico e a transposição para o ensino da língua(gem). Diante dessa problemática, pretende-se, com este projeto, abordar a historicidade dos textos e, a partir de proposições de itinerários didáticos pautados nos eixos da leitura, escrita e análise linguística, verificar as possíveis dimensões ensináveis em termos linguístico-discursivos, dos elementos composicionais e multimodais e de gênero, com base nas perspectivas das Tradições Discursivas (TD) (OESTERREICHER, 2002; KABATEK, 2003; ANDRADE, GOMES, 2018) e do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 1999; SCHNEUWLY; DOLZ, 2004; SENECHAL; DOLZ, 2019). Ainda que a ancoragem teórico-metodológica incida, fundamentalmente, sobre essas duas vertentes, outros pressupostos teóricos poderão vir a compor a base teórica a depender do fenômeno e do propósito que estiverem sendo focalizados.
  • Orientadora: Áurea Zavam
  • Bolsa: 1  remunerada

Práticas Discursivas

Projeto: Do “brega” ao “cult”: a transposição parodística como estratégia de transição na canção popular brasileira
  • Resumo: Esta pesquisa volta-se para a análise de algumas das acepções que o termo brega assume na música brasileira. Funcionando às vezes como uma espécie de termo “guarda-chuva” para designar qualquer produção artístico-musical que não se enquadre nos ditames da suposta alta cultura, o brega só se deixa mesmo definir quando o reinserimos nas estruturas de significação de que participa e de onde extrai o seu sentido, em cada momento e/ou contexto sócio-histórico. A construção do sentido brega dá-se assim, primeiramente, em oposição ao que é valorizado como produto de “bom gosto” pela elite cultural. Na maior parte das vezes, é considerado brega o produto artístico que vem das classes populares mas que, aos olhos das instâncias consagradoras do “bom gosto”, não pode ser classificado como folclore tampouco apresenta-se suficientemente elaborado a ponto de poder merecer habitar o olimpo reservado aos produtos da “alta” cultura. No entanto, não é raro ver uma canção transitar de um campo para outro. Na história da música brasileira, por exemplo, algumas canções receberam a pecha de brega numa determinada época e, depois, migraram para o reduto do cult, enquanto outras, ao contrário, foram estimadas como de alto valor cultural num primeiro momento para, em seguida, serem identificadas na sua condição de brega. Centraremos nossa atenção especificamente nas estratégias a que chamamos parodísticas, utilizadas para fazerem canções transitarem do brega para o cult ou do cult para o brega, tão em voga na prática cancional dos tropicalistas, mas não só. Partiremos da hipótese de que a paródia funciona muitas vezes como estratégia de proteção de face do sujeito-enunciador da canção que faz o trânsito entre os “estilos” brega e cult. Com a paródia, é nisso que apostamos, cria-se uma zona de interseção entre o brega e o cult, e o sujeito-enunciador, num tom zombeteiro e crítico ao mesmo tempo, parece assumir sem propriamente assumir os conteúdos “bregas” veiculados pela peça cancional.
  • Orientador: José Américo Bezerra Saraiva
  • Bolsa: 1 remunerada CNPq e uma voluntária
Projeto: Identidade discursiva e regimes semióticos de visibilidade nas publicações de selfies em redes sociais 
  • Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre os regimes semióticos de visibilidade e a construção de identidades nas publicações de selfies nas plataformas de interação virtualFacebook e Instagram. O estudo toma como fundamentação teórica a Semiótica Discursiva (GREIMAS, 1975; GREIMAS e courtés, 2008) e alguns de seus desdobramentos,tais como a Sociossemiótica (LANDOWSKI, 1992, 2002 e 2014) e a semiótica plástica (FLOCH, 1985, 1990). Parte-se do pressuposto de que as selfies são uma prática discursiva ambivalente em que o enunciador da selfie possui, no mínimo, duplo objetivo, o de querer se ver, mas também o de querer ser visto. No entanto, narrativamente falando, não basta querer ou dever se ver ou ser visto, é preciso também saber e poder se ver e ser visto. É preciso ter competência modal para realizar essa tarefa (saber “tirar selfies”), a fim de que se possa obter uma sanção positiva de seus enunciatários, ou para que um outro objetivo qualquer seja atingido (a viralização da selfie, por exemplo). O interesse da pesquisa se volta para as publicações de selfies que articulem mais de uma linguagem no seu plano de expressão, ou seja, somente serão consideradas publicações que contenham, além da foto, outro texto, seja ele verbal ou não (por exemplo, uma imagem, um emoji, uma citação, etc.). Por conseguinte, conforme a publicação tenha sido construída, é possível inseri-la em um determinado regime semiótico de visibilidade, de acordo com a proposta apresentada por Landowski (2014, 1984), e, assim, estabelecer sob qual regime semiótico se dá a interação entre enunciador e enunciatários nesse tipo de texto. É possível,ainda, analisar as marcas deixadas no enunciado, tanto pelo enunciador quanto pelos enunciatários, e relacioná-las aos regimes de visibilidade para identificar a dinâmica identitária (cf. LANDOWSKI, 2002; SARAIVA, 2013) resultante das interações nas publicações de selfies.
  • Orientador: Ricardo Lopes Leite
  • Bolsa: 1 remunerada
Projeto: Narrativas melódicas: a concorrência de aspectos músicais no estilo de Virginia Woolf
  • Resumo: Este trabalho propõe analisar os aspectos musicais nos contos “The String Quartet”, “In  the Orchard” e “Monday or Tuesday” e nos ensaios “Evening over Sussex: Reflections in a Motor Car”, “The Sun and the Fish” e “Street Haunting: A London Adventure”, todos textos de Virginia Woolf. Intencionamos investigar como os elementos musicais contribuem para a construção dos sentidos nos enunciados e suas influências no processo de depreensão do estilo no corpus. A pesquisa surge de uma notável recorrência da aparição musical na obra da autora e, para a análise, utilizaremos a metodologia da semiótica discursiva clássica, as contribuições de Claude Zilberberg sobre a tensividade e a proposta estilística de Norma Discini. Acreditamos que os traços musicais são centrais nos textos, tanto como tema e encaminhamentos narrativos, quanto como respaldo para a expressão discursiva dos enunciados. Parece-nos também que as sonoridades assumem importante papel na regência da percepção dos sujeitos e seus julgamentos em relação ao mundo que os atravessa. Nossa hipótese é que todos esses aspectos musicais concorrem tanto na construção de uma cifra tensiva nos textos de Woolf, quanto na caracterização de seu estilo autoral.
  • Bolsas: 1 bolsa remunerada e 1 voluntária

Projeto: As concepções de gêneros nas diferentes abordagens linguísticas – Fases I e II

  • Resumo: Esta pesquisa, inspirado em estudos anteriores, que vem estudando os gêneros textuais e os processos de construção dos sentido dos textos, objetiva desenvolver, a partir de agora, uma reflexão teórica sobre as concepções de gêneros nas abordagens sociossemióticas. Com isso, pretendemos mostrar de que forma as concepções vigentes nessas teorias convergem e/ou divergem entre si, o que pode causar confusão e incompreensão por parte de usuários menos experientes, como alunos do nível médio, da graduação, da pós-graduação e, até, professores. Nessas teorias, procuramos dar destaque às ideias dos autores reconhecidos como representativos das diferentes abordagens, como Halliday e Hasan, na Estrutura Potencial Genérica (EPG); Martin, na Teleológica; Kress, na Discursivo-Semiótica; e Fairclough na Análise Crítica. Assim, analisaremos os pontos exponenciais acerca das concepções de gêneros focalizados nessas abordagens, com base em uma rigorosa revisão bibliográfica acerca do tema em estudo, desde as obras precursoras até os trabalhos mais recentes e, em seguida, mostraremos pontos convergentes e conflitantes entre elas, para concluirmos com algumas recomendações pertinentes aos usuários de gêneros, em particular, aos professores dos diferentes níveis de ensino.
  • Orientadora: Maria Margarete Fernandes Sousa
  • Bolsas: 1 bolsa voluntária
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